Abstimmungs Sonntag

Der Urnengang als Symbol der aktiven Teilnahme an einem demokratischen Prozess. Das Gefühl ein Teil zu Sein und mitbestimmen zu können. All die Menschen mit ihrer Vergangeneit und den herausresultierenden Gedanken, Hoffnungen und Wünsche zu treffen. Die Anspannung der Menschen nach dem Einwurf über das mögliche Resultat zu spüren. An der Urne scheinen doch Alle noch gleich zu Sein. 

Wohl muss es an den Urnen an Sich liegen.

Doch jetzt erstmal das obligate Café und Kuchen.  

Wir erklären, dass sich die Herrlichkeit der Welt um eine neue Schönheit bereichert hat:
die Schönheit der Geschwindigkeit.
Ein Rennwagen, dessen Karosserie grosse Rohre schmücken, die Schlangen mit explosivem Atem gleichen … ein aufheulendes Auto, das auf Kartätschen zu laufen scheint, ist schöner als die Nike von Samothrake.

Soneto do amor total

Soneto do Amor Total.
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.

Erros meus, má Fortuna, Amor ardente ...

Erros meus, má Fortuna, Amor ardente 
Em minha perdição se conjuraram; 
Os erros e a Fortuna sobejaram, 
Que para mim bastava Amor somente. 

Tudo passei; mas tenho tão presente 
A grande dor das cousas que passaram, 
Que já as frequências suas me ensinaram 
A desejos deixar de ser contente. 

Errei todo o discurso de meus anos; 
Dei causa a que a Fortuna castigasse 
As minhas mal fundadas esperanças. 

De Amor não vi senão breves enganos. 
Oh! Quem tanto pudesse, que fartasse 
Este meu duro Génio de vinganças! 

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" 

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento


E assim, quanto mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
 

 (Vinicius de Moraes